Fernando Gil
No passado dia 19 – dia do pai – morreu , em Paris, o filósofo português Fernando Gil.
Tinha 69 anos. Não parecia. Tive oportunidade de assistir a uma interessantíssima conferência sua, há dois ou três anos atrás, onde, num discurso apelativo e acessível, que conquistou uma larga audiência, revelou o seu espírito vivo mas sereno.
Nascido em 1937, licenciou-se em Direito na FDL e em Filosofia na Sorbonne, onde se doutorou em Lógica.
Tornou-se mais conhecido do grande público quando recebeu, em 1993, o Prémio Pessoa.
António Marques, presidente do Conselho Científico da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Nova, citado pelo Expresso on line a propósito da sua morte, considerou que «talvez o traço mais profundo da enorme obra que deixa seja o da renovação de um humanismo filosófico que, por muito anos mais, inspirará gerações»
O aludido semanário, citando o filósofo - «Cada coisa, para ser o que é, tem de estar em ligação com todas as outras. A identidade ideal é uma rede de conexões infinitas. Para se perceber o mínimo sobre o mínimo seria preciso conhecer-se tudo» - chama-lhe, com razão:
«O filósofo da pluridisciplinaridade»
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