terça-feira, agosto 23, 2005

Portugal a arder...por um canudo...

Queria ir além dos meus desabafos com o meu marido, em casa, enquanto assisto, impotente, ao triste cenário de guerra em Portugal. Há uns anos atrás, não sei se se recordam, Portugal ardia, mas ardia menos... Depois, houve um ano em que os fogos trouxeram a matança de gado - vacas, cabras, ovelhas - foi chocante. E assim se impediu, de vez, com a produção de leite e carne em Portugal [obrigando, desta feita, o desgraçado do povo português, a cumprir com as directivas europeias]. A seguir, veio a matança das produções de papel (e das indústrias). Depois, a matança dos terrenos cultivados. Não desistindo, nunca, numa preserverança que até dói, e sempre presente, a matança dos valores patrimoniais - a baixa dos preços dos terrenos, quiçà para reencher os cofres do Estado, agora desprovido dos bens que vendeu para combater o défice. Há que voltar a comprar a preço das lojas dos 300's, para um dia voltar a vender, se necessário fôr, a peso de ouro. Este ano - é a matança derradeira: a fogueira dos nazis a queimarem, nas câmaras de gás, famílias inteiras. Sem sustento, sem casa, sem carros, sem nada, generosamente o Governo abre linhas de crédito para reerguer as famílias portuguesas atingidas pelos fogos. E assim se resolve o problema de liquidez dos Bancos, agora também em crise. E nada de declarar calamidade pública!?! Para quê? Para ganhar uma guerra com as seguradoras por lhes tirar a liquidez? É estar caladinho - deixar-se estar de férias, impedir o Presidente de falar muito no assunto [só concordar, quando ele dá aquele ar humanitário] e assistir ao espectáculo do sofá da sala, de preferência em écran gigante, com colunas de som espalhadas por todo o lado, que é para ouvir bem o crepitar... E os gritos das pessoas que ficam sem as memórias de uma vida, não vos comovem ? Cães...Nem uma lágrima. Tudo seco, como a terra queimada pelos jagunços encomendados. Como é que hão-de apanhar alguém? Eles não são daquelas terras. Se houvesse a certeza de que algum dos apanhados tinha sido mesmo o criminoso, já o povo tinha feito justiça pelas próprias mãos, meus amigos... Mas os verdadeiros criminosos... esses nunca hão-de ser apanhados... Isto está pior que Itália - a máfia aqui é de outra estirpe... é estúpida. E com uma Polícia Judiciária que é a melhor da Europa!!!!!!!!!!!!??? E ninguém faz nada? E ninguém descobre nada? E ninguém abre a boca? Isto há-de ser como a pedofilia... ou pior... Ambas as vítimas (da pedofilia e dos incêndios), perdem tudo, até a honra; ficam traumatizados até ao fim das suas vidas... e endividam-se (cada um à sua maneira), para poderem sobreviver... até perderem tudo - tudo... e nessa altura, também ninguém lhes vai poder valer. O estado não tem casas de acolhimento suficientes, a segurança social, não tem dinheiro para rendimentos mínimos nem outro tipo de apoios (em breve nem nós, meus amigos, teremos reforma)... resumindo... as vítimas de Portugal sobrevivem da caridade alheia, num país que parece gostar de ter essa tradição. Na altura do Brasil, da China e da Índia, aqui, ninguém trabalhava: vivía-se à conta do ouro, das especiarias, dos escravos... No tempo de Angola, vivía-se à conta do ouro, dos diamantes, do petróleo... enfim.. agora, no tempo da União Europeia, vive-se à conta da Europa - mas a "mama" vai acabar e, nessa altura, ficaremos completamente sós - sem agricultura, sem vinho, sem queijos, sem leite, sem laranjas, sem cerejas, sem amêndoas, sem carne, sem peixe, sem castanha, sem cortiça, sem NADA. E do que é que vamos viver? DO GOLF!!!! Vamos todos para o Algarve e para o Alentejo, para a praia e para o Golf! VIVA PORTUGAL! Já tivémos escravos de Africa, depois escravos em África (Angola) e agora somos escravos mundiais, com escravos eslavos e brasileiros que queremos explorar. Onde estão os portugueses da construção civil, dos restaurantes, das limpezas, da electricidade????????? Todos fora de Portugal, a ganhar dinheiro a sério. Onde estão os executivos portugueses, os cientistas, os cantores, os cineastas??? Lá fora, à procura de prestígio que não encontram aqui. Somos os maiores em todo o lado, mas aqui, aqui não somos ninguém. Somos espectadores ridículos de um espectáculo de guerra que a imprensa, à boa maneira da escola americana, há-de explorar até ao tutano, no meio do fogo, no meio da miséria - até poderem filmar alguém a ser queimado vivo. Que pena não serem os verdadeiros responsáveis por isto! Se, ao menos, fôsse na casa deles, com a família deles... talvez aprendessem. Mas como é com os outros, é sempre mais fácil. Como é que a Madeira não arde? Nem os Açores? O objectivo dos incêndios do ano passado, foi obter o dinheiro da União Europeia - se não se lembram bem, eu recordo que, depois de chegada a verba, não houve mais UM único incêndio em Portugal. Para onde foi esse dinheiro? Desgraçados dos bombeiros... a pão e água e com ramos a apagar fogos.... que tristeza sinto hoje de ser portuguesa....

segunda-feira, agosto 22, 2005

Taizé - Irmão Roger

«Saibam quantos...»

O irmão Roger Schutz foi assassinado na noite do passado dia 16, durante uma cerimónia religiosa em Taizé, a comunidade ecuménica que fundou em França, em 1940. O religioso de 90 anos foi esfaqueado três vezes durante a oração da noite que se celebrava na igreja da Reconciliação.
Apesar de ter sido assistido prontamente, o irmão Roger não resistiu aos ferimentos, que lhe foram infligidos. A presumível autora do crime é uma mulher romena, de 36 anos, que foi detida, segundo disse uma fonte policial citada pela agência AFP.
O irmão Roger, um protestante formado em Teologia, dedicou maior parte da sua vida à reconciliação das Igrejas cristãs.
Em Agosto de 1940, com apenas 25 anos, chegou a Taizé, uma pequena aldeia perto de Cluny, com o projecto de fundar uma comunidade monástica.
Actualmente, a comunidade de Taizé é formada por cerca de uma centena de irmãos de várias confissões cristãs e originários de cerca de 30 países. Todos os anos chegam a Taizé dezenas de milhares de jovens que ali se reúnem em oração.
cfr. Público

Política - Ota

Por mim também participo na campanha:

«Pode o governo, sff., colocar em linha os estudos sobre o aeroporto da Ota para que na sociedade portuguesa se valorize mais a "
busca de soluções" em detrimento da "especulação" ?»
Cfr. p.e. http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/

« A Ota não pode ser apenas uma questão de fé!»

quarta-feira, agosto 10, 2005

Façam duplo clic na imagem e sintam o sabor da nostalgia



"Pois é ... já lá vai muito tempo e já cá canta muita barriga...e muitos cabelos brancos. Conseguem-se lembrar do nome de todos? Eu não. Que vergonha...
Fica aqui a memória de uns tempos bem passados, entre as nossas primeiras brigas e os nossos primeiros abraços de reconciliação. Éramos tão giros, não acham? Então os cortes de cabelo, os óculos e as roupas - ficavam mesmo a matar! "E se não comerem o pão todo... amanhã há açorda!" Será que os nosso feitios, que já tinham o que se lhe diga na altura, hoje ainda são compatíveis. Vale a pena tentar.. Beijos para todos - os que recordei no almoço e os que revejo aqui com tanta saudade!"
ENVIADO POR TUXA QUE AINDA NÃO CONSEGUIU ENTRAR CORRECTAMENTE NO BLOG

segunda-feira, agosto 01, 2005

Estou com uma neura......



Olá pessoal, já voltámos de férias e correu tudo bem. Foi em grande!! O pior é a neura com que estou desde hoje de manhã. Não sei se a culpa é de quem inventou o trabalho ou as férias.
Estou a ver que por cá(no blog) não houve grandes novidades. esta época é mais para o relax, não é??

Aqui vai uma foto da Carolina, do Tomás e do Pedro Pinto ( filho da Cristina Vicente )