sábado, fevereiro 25, 2006

Antevisão

Em tempo de Entrudo, deixo-vos a antevisão de um diálogo íntimo em tempos, modernaços, onde a Educação Sexual será uma disciplina curricular nas escolas.
Não fui eu quem o escreveu, infelizmente.
Aliás desconheço quem seja o autor.
(Este blogue é para adultos, não é? Em jeito de aviso à navegação, recordo que o diálogo é íntimo...)
«
Ela: Hmmm...! Gosto quando me beijas no pescoço...
Ele: No fundo, estou apenas a estimular as tuas zonas erógenas para facilitar o coito, segundo as regras básicas da excitação sexual.
Ela: Eu sei. Agora, vou estimular-te por sexo oral. Parece-me que dois minutos e meio de estimulação é a duração adequada ao teu estado neurológico e sensorial. Que achas?
Ele: Acho bem. Segundo os estudos de Dickinson, estás certa. Ahhh...! Onde é que aprendeste a fazer isto tão bem?
Ela: Foi no livro obrigatório do 5º. Ano, o "1001 Maneiras de Enlouquecer um Homem na Cama".
Ele: Sempre gostei de sexo oral. Na escola, tive a melhor nota da turma no teste de cunnilingus...
Ela: Ohh!... Ouvir-te a falar Latim...
Ele: Vamos fazer alguns exercícios de Kegel: melhoram o funcionamento do músculo pélvico e facilitam o orgasmo.
Ela: Para além disso, protegem contra a incontinência urinária. É preciso preparar o futuro! Às vezes penso como seria penosa a vida dos nossos pais, que não sabiam nada disto...
Ele: Podes crer! Eu nem sei como eles conseguiram conceber-nos!
Ela: Ahh!... Pára!... Obtive já uma boa lubrificação vaginal. Estou suficientemente excitada para a chamada penetração peniana. O bastante para sentir prazer e não ter irritação vaginal pós-coito. E tu, que tal o afluxo sanguíneo?
Ele: Vai indo. Queres um orgasmo simultâneo?
Ela: Não sei. Há várias teorias sobre isso. Ahh, continua... Inclino-me mais para as teses de Bancroft, que sustentam que homem e mulher têm tempos diferentes e por isso é muito mais comum que cheguem ao orgasmo em tempos diferentes.
Ele: Como são os teus orgasmos: clitorianos ou vaginais?
Ela: Tu ainda estás nessa? A minha professora diz que o orgasmo, como resposta fisiológica, é basicamente o mesmo, independentemente da área estimulada. É tudo psicológico!
Ele: A tua professora deve de ser mas é frígida!
Ela: Não brinques com coisas sérias! A frigidez é um problema grave. Pode ter origens orgânicas, como dispareunias ou alterações hormonais, mas na maior parte dos casos tem origens psicológicas. Ahh, não pares!... O que se diz para aí sobre a frigidez é uma treta.
Ele: Não me digas que o Ponto de Grafenberg também é uma treta....!?
Ela: O quê, tu deste isso? Porra, o teu professor ainda segue o programa do ano passado! Desculpa lá que te diga, mas andas a foder pelo método antigo.
Ele: Por acaso não gosto nada do meu professor. É todo abichanado, e passa a vida a falar de sexo anal.

Ela: Não sejas homofóbico. A homossexualidade é uma opção tão válida como qualquer outra.
Ele: Tá bem, mas é um chato. Na semana passada, repreendeu-me por não ter feito o T.P.C. (Tocar Punhetas em Casa), prática de que ele não abdica dentro do sistema de avaliação contínua.
Ela: Hmm...! Isso... Mais!
Ele: Olha, acabei de ejacular! Agora, vou esperar um bocado para que as artérias contraiam e as veias relaxem. Isso reduzirá a entrada de sangue e aumentará a sua saída, tornando o pénis flácido. Depois voltamos à sala, está bem?
Ela: Sim, tenho que apagar as 12 velinhas do meu bolo de aniversário!»

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

«Freedom or Offence vs Freedom and Offence»

«Freedom or offence versus freedom and offence. Toda a discussão destas últimas semanas sobre cartoons publicados, primeiro na Dinamarca e, depois, em vários países da Europa ocidental parte deste equívoco. Que ou há liberdade e não há ofensa. Ou a ofensa não é possível quando se exerce a liberdade.
A liberdade é precisamente a característica ou a capacidade que cada um tem de se autodeterminar livremente. Sem peias. Sem medos. Sem pressões. Sem limitações, que não as da lei e, já agora, nem sequer as do senso comum ou mesmo as do bom senso. A expressão é livre. Mas a liberdade implica a responsabilidade.
É aqui que releva o direito à diferença, o direito à crítica, o direito a afrontar, o direito à indignação e até a indignar.
Daí que não possa, nem deva, ser alguma vez instituído qualquer mecanismo de censura prévia. O que não quer dizer que qualquer exercício de liberdade, mesmo liberdade de expressão, não possa ofender. E que essa ofensa possa ser a posteriori alvo de crítica contundente ou génese de processo de natureza reintegratória, indemnizatória ou punitiva.
A liberdade de expressão e de imprensa, e também a liberdade e a liberdade artística, são valores a preservar. Mas não valores absolutos. Que não se esqueçam os seus limites, designadamente o imposto pelos deveres de respeito pelos Outros e pela sua religião, também direitos legal e constitucionalmente tutelados.
Foi muito pouco avisado ou sensato, para não dizer mesmo profundamente injusto e gravemente ofensivo, dependendo da perspectiva, ter associado, ou associar, as religiões e as suas figuras sagradas à violência ou ao terrorismo.
Esta generalização redutora e nada fidedigna, para além de, injusta está a alargar ou potenciar um conflito cultural, religioso ou, até, civilizacional.
Condenam-se veementemente a violência terrorista e as reacções exacerbadas de alguns sectores islâmicos e eram evitáveis as reacções desbragadas de alguns autistas defensores de uma liberdade sem limites. De uma liberdade sem respeito. De uma liberdade sem responsabilidade. De uma liberdade ofensiva.
Foram, em todo este processo, e por todos, esquecidas ou espezinhadas as virtudes da tolerância, do multiculturalismo, da cooperação e sã vivência entre os homens de boa vontade, independentemente da sua matriz civilizacional ou religiosa.
...»
autora: Luísa Teixeira - SCDHOA
O texto integral desta pertinentíssima nota da Comissão para os Direitos Humanos da Ordem dos Advogados pode ser lido na integra aqui, ou na sua fonte, aqui.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Perceber Fátima

As aparições de Fátima, como experiência pessoal dos videntes e fenómeno estritamente religioso - não natural ou físico - pode, ou não, ter sido real.
Admito que sim, embora seja assunto que não me interessa particularmente.
Mas Fátima é, também um fenómeno sociológico, histórico e político.
Para o perceber nessas interessantes dimensões sugiro esta leitura, que não devem perder...

Deveria ser, também, um fenómeno artístico. Durante séculos o sentimento religioso e a fé inspiraram a arte...
Infelizmente não é. Ou melhor, é, na sua quase totalidade, um monumento ao Kitsch e ao popularucho.
As lojas que rodeiam um santuário são, aliás, um bom símbolo da nossa sociedade de consumo, atascada em lixo e em falta de gosto.
Um retrocesso, e uma oportunidade perdida (desconheço a maqueta da nova basílica...).
Há excepções, naturalmente. A Igreja do Convento dos Dominicanos é uma delas.
Interessa-me, também, o enquadramento teológico que ainda hoje se faz da denominada mensagem de Fátima que é, em certos aspectos - já o escrevi - herética e pagã.
E interessa-me a sua influência - positiva, negativa ? - na prática religiosa, no catolicismo e no espírito português.
Provavelmente regressarei ao tema.

sábado, fevereiro 18, 2006

Manipulação, ira e capitulação

O que escrevi, em cima do acontecimento, acerca da irresponsabilidade e ignorância dos jornalistas, não ficou completo face ao que se passou a seguir.
Com efeito, naquele postal reflecti sobre um dos lados da moeda. Falta o outro...
Reitero o que então escrevi.
Qualquer jornalista ou cartoonista mais zeloso da liberdade de expressão mandá-la-á certamente às malvas se eu me entreter a publicar, infundadamente, insultos à sua mãezinha - a maior parte dos jornalistas e dos demais fundamentalistas da liberdade de expressão, olham para as suas mãezinhas quase da mesma forma como os Muçulmanos olham para o Profeta - são todas umas santas senhoras.
Ou então, imagine-se que tinha sido bafejado com o dom do desenho e que publicava uma caricatura obscena do cartoonista António, p.e., representando-o de quatro atrás de uma árvore do Parque Eduardo VII ou, melhor ainda, como denunciado participante no caso da Casa Pia...
As vítimas das minhas brincadeiras sentir-se-iam, certamente, ofendidas e indignadas e eu, com alguma probabilidade, poderia esperar receber uma cartita do D.I.A.P.




Ora, a questão coloca-se precisamente aqui, no âmbito da responsabilidade individual.
Ainda há pouco tempo até para os Iranianos a questão era colocada da mesma forma... basta ver a condenação, individualizada, do escritor Salman Rushdie, p.e.
Não ver isto, e aceitar as actuais exigências descabeladas de alguns fundamentalistas, cegos de ódio e inveja, é uma cretinice, uma cobardia e uma capitulação que nada nos trará de bom.
Devemos ser firmes na defesa dos nossos princípios, assim com como devemos aceitar a firmeza dos outros na defesa dos deles.
Os estados não pedem desculpas por actos de cidadãos individuais que não os representem e não devem pactuar com ameaças ou manifestações violentas.
Devem, isso sim, colocar à disposição daqueles que se sentem ofendidos, os respectivos meios judiciais, para que se possa fazer justiça no caso concreto.
Ao contrário do nosso Governo, cobarde e irresponsável, andaram razoavelmente bem alguns outros governos, que não se deviam ter encolhido, e o Parlamento Europeu.
Entretanto, importa reflectir porque é que alguns manipulam e tantos se deixam manipular assim...
Pois, o Irão, entre outros, lá vai conseguindo levar a àgua ao seu moínho, ou melhor, levar o enriquecimento ao seu urânio, numa imparável corrida ao pesadelo mundial.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

OBRIGADA

Amigos,
Queria agradecer a todos os que pediram, em Oração, por mim.
Não interessa se valeu ou não a pena, pois os factos da vida não se compram por orações nem promessas, que muitas vezes não podemos cumprir.
E, para além disso, por vezes, os resultados das nossas orações não são logo visíveis... é o caso.
Mas não desanimem, que eu também não. "Deus" quer sempre ensinar-nos qualquer coisa, mesmo que, por vezes, levemos uma vida inteira para entender a lição.
Há que acreditar nos propósitos divinos... ou no destino, como muitos lhe chamam.
Lá diz a velha frase: "A esperança é a última a morrer!" ...e e conto morrer depois dela.
Um beijo grande a todos,
Tuxa

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Oftalmótica, Serviços Ópticos Lda.

Oftalmótica, hein, Tobecas?

Assim se vê que os pimeiros beneficiários de publicidade subliminar (isto tinha um nome técnico...) aqui no blogue são a minha irmã e o Rui. Pagaram alguma coisa? Bora lá pedir-lhes um patrocínio, que ajude a suportar os enormes custos de manutenção desta coisa. :-)

Entretanto, agradeço as apresentações preliminares e aguardo, ansiosamente, as pessoais. Para avaliar in loco...

P.S. Estou a ficar com fome, são 9 da noite. Não queres sugerir-me o nome de um restaurante onde se coma bem?
Já me lembro, o nome técnico é a publicity (longe vai um cursoseco de Gestão/Marketing que frequentei há largos anos).
E é que tenho mesmo de ir à Oftalmótica, embora consiga ver atributos que indiciam fortemente o meu erro, não consigo confirmá-lo. Sabes, às vezes sou mesmo céptico... :-)

Por isso ela foi agradecer a Fátima........

Estado pagou pensão a Fátima Felgueiras em fuga

O Estado português pagou uma pensão mensal de 3499 euros a Fátima Felgueiras durante 14 dos 28 meses em que a autarca esteve fugida à Justiça no Brasil, escreve o «Correio da Manhã» na edição de hoje.
O matutino consultou a declaração de rendimentos entregue pela autarca ao Tribunal Constitucional e adianta que a pensão mensal corresponde à reforma a que Fátima Felgueiras tem direito por ter sido professora na Escola Secundária de Felgueiras durante cerca de dez anos.
Além do tempo em que foi professora, a aposentação, publicada no «Diário da República» de 30 de Outubro de 2002, diz respeito também ao período em que Fátima Felgueiras foi autarca.
A pensão mensal de 3449 euros foi o único rendimento da autarca durante 14 meses de fuga no Brasil para evitar um mandado de detenção das autoridades portuguesas por envolvimento num caso de alegada corrupção, de acordo com o «Correio da Manhã».
Apesar de estar a receber a pensão, recorda o jornal, Fátima Felgueiras queixou-se recorrentemente de dificuldades financeiras, o que levou o seu advogado a agir junto do tribunal quando, em Junho de 2003, lhe foi interrompido o pagamento do salário como presidente da câmara felgueirense.
Fátima Felgueiras, acusada num processo de corrupção relacionado com o alegado «saco azul» da câmara de Felgueiras, esteve fugida no Brasil entre Maio de 2003 e Setembro de 2005.

Não se pode fazer um pé de meia??

PJ apreende 200 mil euros no automóvel do presidente

A Polícia Judiciária (PJ) apreendeu cerca de 200 mil euros em dinheiro no automóvel do presidente do Organismo Autónomo de Futebol da Associação Académica de Coimbra, José Eduardo Simões, noticiou hoje o «Jornal de Notícias».
Como resultado das buscas levadas a cabo pela PJ na semana passada, foram encontrados vários envelopes com dinheiro no automóvel, na casa e no gabinete que o dirigente desportivo ocupou na câmara de Coimbra, assim como na sede do clube.
De acordo com o «JN», parte do dinheiro que estava na posse do dirigente seria «alegadamente proveniente de donativos para a Académica/Organismo Autónomo de Futebol, havendo também montantes que seriam seus».
Fonte do clube, que não quis ser identificada, afirmou que as buscas «tanto podem estar relacionadas com interesses cruzados da política com o mundo imobiliário e o futebol, como também podem ter a ver com transferência de jogadores».
O jornal refere ainda que a «investigação terá sido desencadeada na sequência de uma denúncia anónima que se referia a alegadas ligações perigosas entre o futebol e interesses imobiliários, visando em concreto a polémica urbanização 'Jardins do Mondego'», empreendimento entretanto embargado.
In Expresso on line

Sobre o Post do Pedro Cruz



Pedro, tu que ensinas, e dás tanto do teu saber aqui no blog, vou-te apresentar as senhoras que foram faladas naquele comment.

aqui ao lado esquerdo - a pluma da Galp na zona da Expo.... exactamente pá.

aqui em baixo - a miss Euromillions Marisa Cruz
e ao lado direito a tal que parece um travesti....Pedro tens que ir à Oftalmoptica.





Cumprimentos

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Um novo e «suave milagre» em Fátima

Constança Cunha e Sá, num novo Blogue, já imprescindível, escreve o seguinte:

«O MILAGRE DE FÁTIMA
Fátima Felgueiras decidiu peregrinar até Fátima, acompanhada de cinquenta camionetas apinhadas de apoiantes, para “orar em paz", no sossego do santuário. A oração, como era de prever, acabou num verdadeiro arraial. Tudo muito "espontâneo", segundo a autarca, indignada com as perguntas dos jornalistas. A comprovar a "espontaneidade" dos festejos, os lenços, os postais e os pins largamente distribuídos continham frases como esta: “Felgueiras Sempre Presente! Fátima, 11 de Fevereiro de 2006”.
Não fosse a sensibilidade religiosa dos portugueses estar também ligeiramente exacerbada, podia-se falar de um milagre, do quarto milagre de Fátima: o milagre da “Fatinha” e da multiplicação dos lenços, dos postais e dos pins.
Como os tempos não estão para brincadeiras, resta-nos esperar que o Vaticano, que franziu o sobrolho à presença de budistas no interior do santuário, chame o bispo de Leiria a Roma e proíba este tipo de fantochadas.
E já agora, se não desse muito trabalho, a Câmara também podia explicar quem é que pagou a viagem de todos estes peregrinos.
ccs
Aviso prévio: Não vale a pena vir com a liberdade de expressão e com o direito da “Fatinha” às suas peregrinações: até ver, as Igrejas são responsáveis pelos seus lugares de culto. »
(O sublinhado é meu.)
Nem me tinha dado conta da notícia que originou a notícia. Também não perdi nada.

Uma orgia comercial

Hoje não é dia de São Valentim, nem em Portugal (nem, ao que sei, na Alemanha).
O dia dos namorados português foi, desde sempre, o dia de Sto. António, com perfumados mangericos decorados com quadras inspiradas, em perfeita sintonia com o tipicamente luso pendor poético do nosso povo.
Era bom que se salientasse este facto.
Esta lamentável aculturação dos costumes britânicos e norte americanos – como a festa do dia das bruxas e esta do dia de S. Valentim – foi voluntária e conscientemente introduzida pelos comerciantes e publicitários que, assim, sempre arranjam outro motor de vendas, particularmente útil em períodos antes pouco favoráveis ao negócio.
Antigamente, no comércio, as coisas só começavam a animar pelo Carnaval…
A anterior edição da Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, da Verbo, nem sequer tinha entrada para São Valentim e refere, apenas, três personagens importantes com esse nome:
- Um Papa, «afável e culto», que, verifico, teve um papado ainda mais curto ( sagrado em Agosto morreu em Setembro de 827) do que o de João Paulo I;
- Um pensador gnóstico da 1ª metade do sec. II, autor de salmos e do «Evangelho da Verdade»;
- e um arquitecto.
Isto diz bem das raíses da alegada tradição, a cujo nascimento qualquer pessoa com mais de 30 anos pôde assistir.
É lamentável que um povo se deixe assim manipular e descaracterizar!
E é surpreendente que a folha informativa da nossa paróquia - que voltou a ser semanal e, não obstante, continua imprescindível - caia no mesmo engodo, ainda por cima confundindo os costumes dos Saxões (originários da Saxónia/Alemanha), com os dos Britânicos, também conhecidos por bifes. :-)
Estes - os Britânicos - são, em grande parte, descendentes dos Bretões (de origem Celtas), dos Anglo-Saxões e dos Normandos.
Nem de propósito, há quem atribua os sinais particulares do Saint Valentine Day às festividades dos Celtas, depois Bretões e não tanto aos povos de origem germânica.
Não digo que o Saint Valentine Day não faça sentido… no meio do Inverno, já com os olhos na Primavera, é tempo de acasalar...
Naturalmente, a humanidade tratou de assinalar o facto, sacralizando-o em festividades.
Os Romanos tinham por esta altura a Lupercalia, grande festa que celebrava o amor e a juventude. Durante essa festa, sorteavam-se os nomes de casais e os que fossem sorteados ficavam juntos enquanto durasse o festival.
O Cristianismo tratou de cristianizar essa festa, como o fez, aliás, com todas as outras… - de notar que quando aquela que é hoje a Grã Bretanha foi invadida pelos Anglos, Jutos, Saxões, e mais tarde pelos Normandos era habitada pelos Bretões, já cristianizados, depois de parcialmente romanizados.
Sucede que tudo isto é estranho à nossa cultura. Temos o Sto. Antoninho, e os mangericos...
Hoje é o dia dos Padroeiros da Europa – S. Cirilo, monge e S. Metódio, bispo -, o que merecia destaque, alguma reflexão e, até, oração.

P.S. Os gringos têm uma festa que, essa sim, valeria a pena importarmos – o Thanksgiving Day / Dia de Acção de Graças.
Convinha-nos a nós tomarmos consciência e agradecermos o que de bom temos e somos (as bênçãos de Deus), obcecados que estamos, sempre, com o Vale de Lágrimas.
Alguém sabe a morada da Associação dos Produtores de Perus?...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Poligamia institucionalizada

Rapazes,
abriu-se para nós um mundo de possibilidades..., pelo menos na Holanda!
cfr. em www.cruzadvogados.blogspot.com
Lá chegaremos. O problema será convencê-las. ;-)
E porque não? (Não andam para aí a reclamar o casamento de homossexuais?)

APELO AO MUNDO


Este apelo não é para dar sangue, dinheiro, fazer caridade.... sei que alguns de vocês têm jeito para desenho.. Será que conseguem desenhar um Profeta Maomé a saltar de nenúfar em nenúfar, com ar inócuo, sem qualquer ligação aos terroristas islamicos, que quando interessa(tipo... em ataques à bomba) invocam Alá, como quem diz ai Jesus, mas enfim ,como isto vai de mal a pior e mesmo pegando nas palavras do Pedro Cruz, algo tem que ser feito na perspectiva da psicologia infantil contra essa gente que está mortinha por nos por a mão....
Lembram-se qual o comportamento a tomar quando se entra num bairro tipo Cova da Moura, Fim do Mundo, ex Pedreira do Húngaros, Musgueira???? Eu não sei exactamente qual é o comportamento, mas deve ser o mesmo, que os paises "ofendedores"( desse povo magnifico que se sente tão ofendido com a merda duns cartoons, mas que mata em nome do mesmo profeta em troca de umas quantas virgens no paraíso....) têm que tomar com os maluquinhos do Islão, para parar um acto que à partida aos nossos olhos pareceria inocênte, mas que aos olhos dos "sedentos por armar sarrabulho" é infâme e merecedor de umas quantas mortes de mais uns quantos.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

O Islão e a caricatura

Mais do que a incompetência de Bush, ou o voluntarismo de Blair, receio que seja a insensatez e o fundamentalismo dos jornalistas quem mais condenou as futuras relações entre o Ocidente e o mundo Islâmico.
A guerra do Iraque incomodou deveras alguns Muçulmanos, por razões essencialmente políticas. A agressão dos jornalistas indigna a quase totalidade deles - Sunitas, Xiitas, árabes, persas, mouros, malaios, etc..
Parafraseando o Diácono Remédios: - Não havia nechechidade!
Ignorantes e arrogantes, muitos jornalistas, fundamentalistas da liberdade de expressão, parecem ignorar ostensivamente que as legislações ocidentais criminalizam a difamação, a injúria e mesmo o desrespeito pelos símbolos e convicções religiosas.
Elevam a referida liberdade de expressão às alturas de um direito absoluto.
Qualquer um, especialmente se for jornalista ou caricaturista, tem o direito de aliar o disparate à aleivosia.
Não pode ser!
Os jornalistas e editores têm especiais responsabilidades, pelo que se lhes pede especial profissionalismo e competência.
Caricaturar os fundamentalistas islâmicos? Sim senhor, em frente... Caricaturar o profeta Maomé, atribuindo-lhe falsamente doutrinas que muitos, incluindo Muçulmanos, abominam é um insulto e uma estultícia.
Não ver isto é ser cego de todo.
Como podem, então, tais jornalistas, pretender julgar os outros, debitando inanidades do alto da sua coluna e na perspectiva enviesada do seu umbigo…?
Como é evidente isto não legitima em nada a reacção selvagem dos outros fundamentalistas, os Islâmicos.
Sucede que deles nada esperamos…

Por falar em relações sexuais...

A homilia do Pd. Luis Carlos, no Domingo passado, acerca da 2ª leitura, deixou-me a pensar…
Nessa leitura – 1ª Cor. 7, 25-40 - Paulo escreve sobre o casamento, o celibato e a própria virgindade e, em suma, ensina mais ou menos o seguinte:
i - Não há «mandamento do Senhor» quanto ao tema;
ii – A opção por qualquer dos estados deve ser totalmente livre e adequada à pessoa que a toma.
iii – Qualquer opção (celibato livre ou casamento livre) é boa.
iv – A opção livre pelo celibato é melhor, na medida em que permite ao celibatário a dedicação exclusiva a Deus e à preparação da Sua vinda (não se inclui aqui o celibato que, fruto das circunstâncias, não resulta de uma opção livre. Nesse caso o celibatário ocupa-se em fantasias e frustrações que não o fazem feliz e o impedem de se entregar a Deus e ao próximo …).
Crente numa próxima parúsia, Paulo não se preocupa grandemente em organizar na terra a cidade, ou o Reino de Deus (dessa tarefa encarregar-se-ia Sto. Agostinho).
Numa lógica escatológica, afirma, com alguma razão, que aquele que não é celibatário tem de se dedicar ao seu cônjuge e aos filhos, tomando parte do seu tempo e energias em trabalhos e preocupações que, noutras circunstâncias, poderiam ser dedicados mais generosamente a uma maior quantidade de pessoas e à preparação da (já próxima) vinda do Senhor.
E Paulo tinha razão, apesar de olvidar, melhor…, apesar de ignorar – porque não podia conhecer – a faceta conjugal e mesmo erótica do amor, a qual pode levar um casal à experiência da entrega completa, vivendo, em relativa plenitude, uma comunhão entre si e entre si e o universo, em união com Deus e em fugaz e antecipatória experiência da denominada «comunhão dos santos».
Tal dimensão e experiência são virtualmente impossíveis de alcançar no genuíno celibato, mesmo no livremente voluntário (que no outro nem se fala), pelo menos na dimensão física e sensual - que felizmente também temos (alguém se lembra do filme do Wim Wenders – As asas do desejo?) -, e que também pode e deve ser santificada.
Nessa parte, aquele que abraça livremente o celibato, ou aquele que, embora casado, não chega a conhecer verdadeiramente a entrega e o amor conjugal, não está em condições de entender tal dimensão do amor, divino.
Ora, como referiu o Pd. Luis Carlos, esta posição de S. Paulo torna-se (teológica ou doutrinariamente) possível porque o povo de Deus da Nova Aliança já não é uma raça.
Para os judeus a fertilidade era determinante.
Era, como hoje, uma questão de sobrevivência enquanto povo.
Nessa medida, e ao contrário do que muitos pensam, o celibato não era bem visto e a infertilidade era estigmatizada.
Cristo, Ele próprio celibatário, instituiu a Igreja - um povo de homens e mulheres convertidos, provenientes de todas as raças, povos, nações e condições.
Um povo que aumenta com a evangelização e proselitismo dos seus membros já não precisa de se preocupar com a taxa de natalidade…
Nestas circunstâncias, é compreensível que Paulo prefira aquele que converte e baptiza do que aquele que gera filhos, principalmente porque a vinda do Senhor está próxima, e há que salvar o maior número de pessoas…

E o que é que tudo isto tem que ver com Portugal, com a Europa e com os recentes incidentes em França?
Pois bem, ocorreu-me que, enquanto povo (português, francês, ou, digamos, europeu) não temos saída.
Somos cada vez menos, e seremos cada vez menos.
Políticas de incentivo à maternidade, totalmente inexistentes em Portugal*1, são meros paliativos e apenas atrasarão o desfecho.
Não estamos, ainda, como os judeus da altura, sob o domínio directo de outro povo… mas estamos condenados, porque não nos reproduzimos.
Se não nos podemos manter como raça – aliás, a ciência já tratou de desmentir e de esvaziar o conceito -, resta-nos a imigração, que pode descaracterizar-nos.
Ora, e aqui é que está o ponto, assim como Cristo estende a aliança de Deus aos gentios, pedindo a sua conversão, porque não poderemos nós estender a Portugalidade àqueles que nos escolhem como país de acolhimento, quase actualizando ideias líricas ou caducas, como a do V Império, numa vertente mais espiritual ou cultural, ou como a de um Portugal Universal, constituído por vários povos, do Minho a Timor, numa vertente mais física e demográfica?
Porque não havemos de legalizar realmente os imigrantes, integrando-os plenamente na nossa sociedade, exigindo-lhes, em contrapartida, que aprendam a nossa língua e a nossa cultura, que cantem o nosso hino, que respeitem a nossa bandeira e os nossos valores*2, que jurem a nossa Constituição, e mesmo que integrem as nossas F.A.?
Em suma, que se tornem voluntariamente portugueses, por sua própria escolha, sem deixarem necessariamente de ser ucranianos, moldavos, chineses, indianos, paquistaneses, guineenses, angolanos, cabo-verdianos e brasileiros.
Teríamos, evidentemente, que mudar de mentalidade, aprendendo a acolhê-los como iguais, mas a variedade fortalecer-nos-ia, tanto mais que fomos, sempre fomos, especialistas e percursores em miscigenação e ainda nos resta algum espírito universalista.
Dirão alguns espíritos mais sensíveis que isso não é democrático... Não é verdade. Se as regras forem conhecidas, só virá quem quiser.
A sociedade mais democrática e plural do mundo, a Norte Americana, é isso mesmo que faz.
Salvo excepções, nela, os imigrantes consideram-se, são tratados e agem como americanos, e isso faz a sua força e toda a diferença.
No fundo aplicaram na política e na cidadania os ensinamentos de Cristo, e do seu apóstolo Paulo.
Na Europa, pelo contrário, vivemos acossados, com medo do outro, simultaneamente arrogantes com a putativa superioridade da nossa cultura e, ao mesmo tempo, com tanta vergonha dela que não a queremos assumir, ou sequer defender.*3

P.S. *1 - Até nisso somos estúpidos, e nesse aspecto estamos bem acompanhados por Espanha. Ao invés de apoiarmos a maternidade e as famílias, através das denominadas políticas pró-activas, tratamos de as perseguir, apoiando e promovendo denodadamente, em alternativa, uma organização de sociedade que dificulta a reprodução, e a vida em família. A homossexualidade deixou, e muito bem, de ser perseguida, para passar a ser promovida; os mesmos grupos do costume, embora minoritários, pressionam ainda e sempre a legalização do aborto; só se fala de morte, e não de vida; os governos continuam a onerar fiscalmente as famílias; a organização do território obriga as pessoas a passarem boa parte do tempo em deslocações de casa para o trabalho, e vice-versa; a organização do trabalho, e a nossa fraca produtividade, obrigam-nos a estar horas infindas no emprego, impedindo a nossa ausência; a televisão e o consumismo dominantes anestesiam-nos; as relações humanas cada vez são mais electrónicas ou virtuais, etc. Em suma, e como diz o outro, nunca se falou tanto de sexo, e nunca se praticou tão pouco… e quem diz sexo diz romance, amor, amizade, laços familiares, etc. Não temos tempo para nada, nem ao menos para escrever uma treta qualquer no Blogue :-)
*2 - A excisão, p.e. é intolerável, mas tem sido praticada amiúde em Portugal, com a nossa vergonhosa complacência.
*3 - Veja-se o triste caso do preâmbulo da constituição da UE, que não podia mencionar a génese e influência judaico-cristãs na cultura e pensamento ocidentais, para não susceptibilizar alguns fundamentalistas da laicidde dos estados.

A propósito de estatísticas, com um título destes, tenho a certeza que este foi o postal mais lido :-)

O blog e as estatisticas

O nosso bloguinho, mesmo desprezado por tantos foi visto por mais de 300 vezes (Desde 04/01), e eu não conto para esta estatistica, porque não sou "contável". Claro que não chega aos calcanhares de blog's mais dinâmicos como o do tal Sr. Funes que vai para cima de 7500. Mas também aparece lá "maltinha"que não interessa virem para aqui escrever.
Para quem gostar ( tipo Zé Viegas) de estatisticas podem consultar no finalzinho do blog, clicando no botão que diz view site stats e ver desde que tipo de sistema operativo têm as pessoas que nos visitam ( parabéns Bill XPgates) a que horas é o nosso pico de audiência, qual o dia da semana mais visto e quando foi a última vez que tiveram relações sexuais ( este último dado, é uma vergonha, pessoal!!!!!Andam todos a fazer o quê NADAAAA) ainda bem que eu não entro nestes dados estatisticos ufa......

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Andam à procura de quê ?? - suite

A propósito do postal infra do Tobecas recomendo, uma vez mais, a leitura do Funes, el Memorioso, incluindo alguns comentários dos respectivos leitores, nomeadamente o meu e o de um tal El Cordobez, em: http://questao-dos-universais.blogspot.com/2006/02/do-casamento-homossexual.html

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Andam à procura de quê??


Casamento entre pessoas do mesmo sexo: PS e PSD desvalorizam debate político
01.02.2006 - 08h11 Sofia Branco

Duas mulheres, Teresa e Lena, vão tentar casar-se hoje, às 14h30, na 7.ª Conservatória do Registo Civil, em Lisboa. No próximo dia 16 de Fevereiro, uma petição a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que conta com deputados entre os seus subscritores, será entregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Ouvidos os partidos políticos, conclui-se que PS e PSD partilham posições, considerando que esta não é a altura certa para debater a matéria. Ao contrário, o PCP defende a discussão no Parlamento e o BE já assumiu que defende a alteração do Código Civil.O casamento entre pessoas do mesmo sexo "não é permitido pela lei portuguesa", começou por dizer o porta-voz do PS, Vitalino Canas, acrescentando: "Não creio que, nesta altura, esse seja um tema prioritário." Questionado pelo PÚBLICO sobre se os socialistas já discutiram este assunto, Canas respondeu negativamente e adiantou apenas que o PS discutirá "internamente" o assunto quando vier a propósito.Começando por dizer que o PSD defende o "respeito escrupuloso pelo princípio da liberdade de orientação sexual", o deputado social-democrata Pedro Duarte salientou, porém, que "o casamento tem raízes históricas e culturais muito consolidadas, não devendo ser posto em causa de ânimo leve".O PSD considera que o debate sobre a extensão do casamento a pessoas do mesmo sexo "não é pertinente" e pode servir apenas para "criar rupturas na sociedade". "A sociedade portuguesa precisa de muita coisa menos disto", afirmou Pedro Duarte, acrescentando que "não há discriminação" no Código Civil e lembrando que os casais de pessoas do mesmo sexo já têm a possibilidade da união de facto. Questionado sobre as diferenças no leque de direitos (ver caixa), o deputado admitiu a alteração do regime da união de facto para casais homossexuais, no sentido de o tornar mais abrangente, mas vincou que querer alterar o conceito de casamento é "uma atitude provocatória". O CDS não falou ao PÚBLICO até ao fecho desta edição.~

Retirado da edição publico on-line

Não sei se vocês já conheceram, via TV, as protagonistas desta "telenovela". Mas como é que é possivel, este caso tomar proporções tão mediáticas, que resultem (quase de certeza, pois estou a escrever isto ainda lonje das 20.00h) em tempos de "prime-time" nas TV's.
Se já obtêm vantagens, conforme todos os outros, se fizerem prova da sua união de facto, porquê o casamento civil???? Eu aceito e tenho amigos e amigas, que muito estimo, que são gays, alguns dele(a)s, com relações mais longas que muitos hetero na mesma situação "de facto", mas qual a necessidade disto?? Alguém explica? Só porque o Elton John também o fez?? Enfim.... não vale a pena.