sexta-feira, junho 30, 2006

«Nós podemos fazer mais do que isso...»

Uma mãe, de 26 anos, acompanhava, angustiada, o seu filho de 6.
Como qualquer outra mãe, ela gostaria que seu filho crescesse e realizasse os seus sonhos.
Mas agora isso já não seria possivel... O garoto estava doente, a morrer com leucemia.
Tomando a mão de seu filho, perguntou:
- Billy, o que gostarias de ser quando fores grande?
- Bombeiro, mãe, gostava muito de ser bombeiro.
Mais tarde, mas nesse mesmo dia, ela foi ao corpo de bombeiros local e, depois de contar ao Chefe dos Bombeiros, Bob, a situação de seu filho, perguntou se seria possível o garoto dar uma volta ao quarteirão no carro dos bombeiros.
Comovido, o Chefe dos Bombeiros respondeu:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Se, na próxima quarta-feira, a Senhora estiver com seu filho pronto às sete horas da manhã, nós faremos dele um bombeiro honorário por todo o dia. Ele poderá vir para o quartel, comer conosco, e até sair para atender as chamadas de emergência. E se você nos der as medidas dele, conseguiremos um uniforme verdadeiro para ele, com chapéu, com o emblema do nosso batalhão, um casaco amarelo igual ao nosso e umas botas também.»
No dia aprazado, Bob pegou no garoto, vestiu-lhe o uniforme de bombeiro e escoltou-o do leito do hospital até o camião dos bombeiros. Billy ficou sentado na parte de trás do camião, e foi levado até o quartel central.
Parecia-lhe estar no céu.
Ocorreram três chamadas nesse dia e o Billy acompanhou a resposta a todas as três.
Em cada chamada ele foi em veículos diferentes: no auto-tanque, na carrinha dos paramédicos, e até no carro especial de Bob, o chefe.
Billy acabou por sobreviver três meses a mais do que o previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a enfermeira-chefe chamou a família ao hospital. Então, ela, ou a mãe, lembrou-se do dia, tão feliz, que Billy tinha passado como um bombeiro, e ligou para o Bob, perguntando se seria possível enviar algum bombeiro para o hospital, para ficar com o menino. O chefe dos bombeiros respondeu:
- NÓS PODEMOS FAZER MAIS QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. E faça-me um favor. Quando se ouvirem as sirenes e virem as luzes de nossos carros, avisem no sistema de som que não se trata de um incêndio. Que é apenas o corpo de bombeiros que vem visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos elementos. E também poderia abrir a janela do quarto dele? Obrigado!
Cinco minutos depois, as viaturas chegaram ao hospital. Estenderam a escada até o andar onde estava o garoto e 16 bombeiros subiram por ela até o quarto de Billy. Com a permissão da mãe, abraçaram-no e seguraram-no, dizendo-lhe que o amavam. Com a voz já fraca, Billy olhou para o chefe e perguntou:
- Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?
- Billy, tu és um dos melhores - disse ele.
Com estas palavras, Billy sorriu e fechou seus olhos pela última vez.

-/-
Esta bela estória, que há uns anos tem circulado pela net, é parcialmente baseada em factos reais.
A meu ver a história real não é menos comovente.

quinta-feira, junho 29, 2006

A retribuição e a nossa humanidade

Aqui

«O fiel escudeiro»

Foto publicada no Globo, Brasil

terça-feira, junho 27, 2006

Igreja em Coruche

sábado, junho 24, 2006

A «Brisa»...

«O Espírito Santo, que tem esta foça arrebatadora, não nos empurra*...
...actua de forma imprevisível.»
A festa do Pentecostes já lá vai, mas aqui deixo a adaptação de inspiradas palavras ouvidas em homilia, salvo erro do Prior de Algés.
P.S.* Anima-nos. E o ânimo vem de anima, alma, em Latim. Tem tudo a ver, como se pode ver.

quinta-feira, junho 22, 2006

Que vergonha, Senhores Deputados!!!

terça-feira, junho 06, 2006

A sublimação da Fé

Com a devida vénia, cito este postal, interessantíssimo, lido no blog Grande Loja do Queijo Limiano:
«A sublimação da Fé
Durante a semana que passou,vários cronistas mencionaram a viagem do Papa à Polónia e ao antigo campo de concentração em Auschwitz.
Como tónica dominante, passou uma frase de Bento XVI, dita in loco e que se tornou em paradoxo, glosado logo a seguir: “Onde estava Deus, nesses dias? Porque ficou silencioso?”
Como nota dissonante, surgiram respostas perplexas e as glosa dos ateus militantes. Para estes, Deus estava onde sempre esteve: entre os crédulos e em mais lado nenhum! E o mote, passou para outro lado, para o da responsabilidade pelos campos e pelo holocausto. Tema milhares de vezes debatido, ainda provoca frisson, se a fricção passa ao lado de todo um povo, para se centralizar num partido, numa política ou numa ideologia.
Ouvindo Bento XVI dizer que o povo alemão, de que aliás faz parte, foi então utilizado como instrumento de um bando de criminosos, instituído no Estado e que dele se acapararam, para melhor lograrem a eliminação física e completa de toda uma raça, em nome dos princípios da superioridade de outra, a declaração soou blasfematória dos cânones gerais do politicamente correcto. Revisionismo, escreveram alguns.
A Igreja sabia e calou, escreveram outros ( VPV, no Público de hoje).Há dias, foi mencionada por alto, a efeméride do XX Congresso do PCUS, na antiga União Soviética. Escreveu-se ( no mesmo Público) que a par do Congresso, foi publicado então um relatório – o Relatório Krutschov- no qual se acusava Estaline de “inúmeras malfeitorias ( sic), incluindo crimes e perversões da “legalidade socialista” ( sic).
O Relatório Krutschov era para ser “secreto”. Não foi.
Sabe-se hoje um pouco mais acerca das “inúmeras malfeitorias” atribuidas a…Estaline. Sim…a Estaline! O povo russo, em nome do qual havia um partido que não admitia outros partidos e em nome do qual se cometeram as tais “inúmeras malfeitorias”, não é aqui visto nem achado.Não é por acaso que Estaline foi apelidado de “pai dos povos”, “O maior filósofo de todos os tempos”, o “gigante do pensamento” e outros ditirambos denunciados no Relatório. Os povos estão num lado e Estaline é o seu pai, dito com toda a solenidade de mentes brilhantes.Logo, não faz sentido culpar o povo russo das “inúmeras malfeitorias” e ninguém, jamais, se atreveu a fazê-lo.
Porém, idêntico critério não se segue para analisar o que se passou na Alemanha dos nazis do partido nacional-socialista. Aí, é todo o povo que tem de comer por junto e não há História por menos que isto. E quem disser o contrário, faz revisão histórica, blasfema e nunca entrará no gotha dos bem pensantes.
Mesmo a “pergunta certa” de Vasco Pulido Valente, hoje no Público, suscita perplexidades. “ Onde estava a Igreja e por que ficou silenciosa?” , é a tal pergunta.
Há um filme de Ingmar Bergman, da década de setenta que parece responder de alguma forma à pergunta. Chama-se O Ovo da Serpente. Relata os alvores do nazismo e as razões pelas quais o povo alemão elegeu a ditadura nacional socialista como modelo de organização do Estado. Onde estava a Igreja, nesta altura? Com o povo, certamente. O povo que elegeu democraticamente os fautores de uma catástrofe mundial.
Mas, ao contrário do povo que escolhe o reino, a Igreja tem um reino que não é deste mundo visível: o espiritual.
A melhor forma de o descrever e compreender o que se terá passado na Alemanha nazi, no que à Igreja diz respeito, foi escrito mesmo hoje, no mesmo Público, por João Bénard da Costa, num artigo sublime de Fé inabalável e que reverencio, porque ao melhor nível de um…Ratzinger.
Aqui fica um excerto do admirável texto:
"Que o Vigário de Cristo na Terra - ou aquele que crê e que muitos crêem ser o Vigário de Cristo na Terra- se dirija a esse mesmo Cristo, Deus Nosso Senhor, para Lhe perguntar por que ficou silencioso, onde estava, como tolerou aquilo, é talvez o que de mais ousado e abissalmente radical me lembro de ter ouvido da boca de um Papa.
Todos conhecemos os paradoxos so bre Deus, que se é Todo Poderoso não é Todo Bondoso ou se é Todo Bondoso não é Todo Poderoso.
Uma célebre passagem dos Irmãos Karamazoff foi citada nos últimos séculos vezes sem conta e vezes sem conta nos atiçaram com a história do Grande Inquisidor ou com a morte de Ivan Illich.
Mas essas dúvidas, essas interrogações abissais, vinham de fora para dentro ou das margens para o centro.
Em Maio de 2006, em Auschwitz, a questão veio do próprio Centro e a terrível pergunta sobre o silêncio de Deus foi a terrível palavra de um Papa.
Mas não podemos dizer que foi Bento XVI o mais terrível interrogador.
Dois mil antes dele, na Cruz, Aquele que ele representa interpelou Deus - que Ele também era - da mesma maneira: "Eli, Eli, lamma sabachtani?" ("Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonaste?"). E nunca ninguém encontrou resposta para essa pergunta impossível, em que o próprio Deus se sentiu abandonado pelo próprio Deus.
A quem, ou com quem, falava Jesus Cristo na Cruz? Quem O ouvia ou quem O não ouvia? Quem não O podia ouvir ou quem não O queria ouvir?
E a nossa única fuga perante estas terríveis questões é a que consiste em responder que todas elas são vazias de sentido, pois que nada que se diga sobre Deus pode ter sentido.
Como escreveu Simone Weil: "Caso de contraditórios verdadeiros. Deus existe, Deus não existe. Qual o problema? Tenho a absoluta certeza que Deus existe, no sentido em que tenho a absoluta certeza que o meu amor não é uma ilusão. Mas tenho a absoluta certeza que Deus não existe, no sentido em que tenho a absoluta certeza que nada de real se assemelha ao que posso conceber quando pronuncio esse nome. Só que o que não posso conceber não é uma ilusão."
E foi ainda Simone Weil quem sobre o mal ("o triunfo do demónio" como lhe chamou o Papa) escreveu o que ainda mais me faz deter: "Quando se ama Deus através do mal enquanto tal, ama-se verdadeiramente a Deus." Ou: "Amar Deus através do mal como tal. Amar Deus através do mal que se execra, execrando esse mal. Amar Deus como autor do mal que estamos a execrar."
Mas voltemos ao mistério de Deus com Deus. Não é dele ainda que nos fala S. Paulo (II, Cor, 12, 7-10) quando disse aos Coríntios que por três vezes pediu a Deus que dele se afastasse? Mas Deus lhe respondeu: "A minha Graça te basta. Porque o meu poder se manifesta na fraqueza" ("virtus in infirmitate perfícitur", como diz a Vulgata).
"Se Deus existe, odeio-O", diz uma personagem de Bergman quando a querem fazer aceitar, na morte do amado, a vontade de Deus.
Será blasfémia? Quantos não terão dito, ou sentido o mesmo, no horror de Auschwítz? Mas foi nesse horror -aprendi-o há bem pouco tempo -que uma rapariga de vinte e sete anos, que mais procurou Auschwítz do que lhe fugiu, escreveu esta coisa enorme, tão enorme como as palavras do Papa: "Se Deus deixar de me ajudar, eu estarei aqui para ajudar Deus."»

sexta-feira, junho 02, 2006

Exposição da Teté

Olá,
Passo-vos a informação sobre a nova exposição de pintura da Teresa.
Alguns trabalhos (antigos) estão no blog: http://depoisdocaos.blogspot.com/ Abraços
JP



-----Original Message-----
From: Teresa Rodrigues
Sent: sexta-feira, 2 de Junho de 2006 13:03
To: João Pedro Rodrigues

A minha exposição de finalistas vai ser inaugurada Sábado (amanhã), às 16 horas, no Porto, Rua miguel Bombarda. A galeria chama-se "Por amor à Arte".
Quem puder ir, vale a pena ir ver os meus trabalhos! Beijinhos para todos e
passa a mensagem. Não sei precisar até quando é. Teté